quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Bancários do Estado do Rio decidem parar dia 18

Em assembleias realizadas na noite desta quarta-feira, dia 12, os bancários dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo decidiram pela deflagração de greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 18. Em todas as plenárias ficou decidida a realização de nova consulta em 17 de setembro, para organizar o movimento. Estas datas seguem o calendário nacional recomendado pelo Comando Nacional dos Bancários.

Na maioria das assembleias a rejeição da proposta de 6 % feita pelos patrões e a decisão pela greve foi aprovada por unanimidade. Nas plenárias em que houve votos contrários ou abstenções, estes não passaram de 5 % do total de votos. Estes resultados demonstram que a categoria bancária está insatisfeita com a oferta dos banqueiros.

A Fenaban recebeu as reivindicações dos bancários em 1º de agosto e a primeira rodada de negociações aconteceu uma semana depois. Mesmo assim, os banqueiros levaram cinco reuniões somente ouvindo as demandas. A contraproposta patronal só foi apresentada no dia 28 de agosto, como um presente de grego pelo Dia do Bancário.

Veja o quadro com os resultados das assembleias realizadas neste dia 12:


Fonte: Feeb RJ/ES

Menores assaltam com revólver de vigilante morto em São Gonçalo

Dois menores de idade, um de 17 e outro de 14 anos, foram presos no fim da tarde desta quarta-feira por policiais do 12° BPM (Niterói), após assaltarem um supermercado e tentarem roubar outro estabelecimento comercial, em Maricá. Os dois também são suspeitos de serem os assassinos do vigilante Gilson Gonçalves, de 29 anos, morto na terça-feira, em frente ao São Gonçalo Shopping. 
De acordo com a polícia, os menores foram surpreendidos pelos PMs, que receberam um alerta do Disque-Denúncia, informando que dois homens estavam cometendo delitos na cidade. Ao avistar a viatura policial, os criminosos tentaram fugir, houve perseguição e troca de tiros. Na ação, um dos menores acabou sendo baleado e o outro tentou fugir se escondendo no telhado de uma residência. Ambos foram capturados e o ferido foi levado para o Hospital Conde Modesto Leal, no Centro de Maricá. A PM apreendeu com eles R$ 1.320, dois telefones celulares, um Renault Sandero, que teria sido roubado na área da 81ª DP (Itaipu) e um revólver calibre 38 que pode ser o mesmo do segurança do shopping Gilson Gonçalves dos Santos.
De acordo com informações da Policia Militar, os menores seriam de São Gonçalo e estariam desde cedo praticando roubos. A sequência de crimes teria se iniciado em Itaipu, quando eles roubaram o veículo. Depois, se deslocaram para Maricá, onde assaltaram um mercado por volta das 14h30, em São José do Imbassaí, com uma arma calibre 38 e levaram o dinheiro que estava em três caixas. 
A PM recebeu a denúncia e perseguiu os jovens pela Rodovia Amaral Peixoto. Os menores foram cercados pelos militares, próximo ao quilômetro 22, na localidade de São José de Imbassaí. Houve troca de tiros e um dos jovens de 17 anos foi baleado na perna, perdeu o controle do carro e acabou preso. O comparsa, de 14 anos, ainda tentou fugir pulando o quintal de diversas casas, mas foi detido na Rua 83 em Itaipuaçu, escondido em um telhado.
Após ser levado ao hospital, o menor atingido com um tiro foi encaminhado para  82ª DP (Maricá). Os dois prestaram depoimento e em seguida foram levados para 73ª DP (Neves) e ouvidos pelo delegado titular, Luis Antônio Ferreira, responsável pelas investigações da morte do vigilante Gilson Gonçalves dos Santos. Inicialmente, o titular da distrital de São Gonçalo confirmou que os dois menores haviam confessado o assassinato do vigilante. 
Shopping - O segurança Gilson Gonçalves dos Santos morreu após levar um tiro no pescoço, no início da tarde de terça-feira, enquanto trabalhava no São Gonçalo Shopping, no bairro de Boa Vista. A vítima, de 29 anos, estava na rampa lateral, da entrada do estabelecimento que dá acesso ao Rio Poupa Tempo, quando foi abordada por dois homens armados. Gilson entrou em luta corporal com os executores e foi alvejado à queima-roupa e morreu na hora. De acordo com a Polícia Militar, apenas o revólver foi levado.
O comandante do 7º BPM (São Gonçalo), tenente-coronel, Luiz Eduardo Freire, comentou que já vem fazendo policiamento constante na área. 
“A gente tem um DPO na proximidade com duas viaturas. Já tínhamos policiamento, mas os marginais estavam dentro do shopping e pegaram a arma do vigilante. Mas, o policiamento já tinha sido reforçado. Essas são medidas que o batalhão vem tomando faz tempo”, comentou.
Fonte: Tribuna dos Vigilantes Online www.tribunadosvigilantes.org

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Vigilante de shopping em São Gonçalo morre ao reagir a assalto


O segurança Gilson Gonçalves dos Santos morreu após levar um tiro no pescoço, no início da tarde de terça-feira, enquanto trabalhava no São Gonçalo Shopping, no bairro de Boa Vista. O rapaz, de 29 anos, estava na rampa lateral, da entrada do estabelecimento que dá acesso ao Rio Poupa Tempo, quando foi abordado por dois homens armados. 
Os suspeitos queriam levar o revólver calibre 38 do funcionário, porém Gilson entrou em luta corporal com os executores. O segurança, que prestava serviço ao shopping através da empresa Hercules, foi alvejado à queima roupa e morreu na hora. O rapaz estava no emprego desde junho deste ano. De acordo com a Polícia Militar, apenas o revólver foi levado. A carteira de Gilson foi encontrada intacta com aproximadamente R$ 700.
Populares, que passavam em frente ao shopping no momento do assassinato, disseram que um terceiro suspeito estava do lado de fora do estabelecimento, dentro de um Renault Sandero preto. Testemunhas também afirmaram que, em seguida, viram os dois suspeitos entrarem nesse carro e fugir.
Câmeras com defeito- 
O delegado responsável pelo caso, Luiz Antonio Ferreira, da 73ª DP (Neves), relatou que há duas semanas aconteceu uma tentativa de assalto em frente ao Shopping São Gonçalo, e um segurança, que não se sabe se foi Gilson, disparou dois tiros para afastar os bandidos. No entanto, ele não confirma se há ligação entre os casos. Outra informação que será apurada pela Polícia Civil aponta que das 80 câmeras do local, apenas 30 estariam em funcionamento. Inclusive o equipamento de lado de fora não estava em operação na hora em que o segurança foi executado.
“O shopping está modernizando o equipamento de câmeras, que são ativadas por movimento. A câmera do lado de fora está quebrada, mas ela não influenciaria na captação das imagens, já que o crime aconteceu fora de alcance da filmadora”, disse Luiz.
O São Gonçalo Shopping informou que cedeu as imagens das câmeras de segurança e está colaborando com as investigações da 73ª DP.  

O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e região fará uma visita ao local nesta quarta-feira, 12, para avaliar a segurança dos vigilantes que atuam no shopping. De acordo com Cláudio Vigilante, denúncias serão apuradas e severas medidas deverão ser tomadas nos próximos pelo Sindicato.

Willian Chaves - Ascom SindVig Petrópolis
Fonte: Jornal O Fluminense

terça-feira, 11 de setembro de 2012

PF deve fiscalizar atividades de segurança privada em agências bancárias

Crime da saidinha de banco provocou 16 mortes em 2011


A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo (PRDC) ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, para que a Justiça Federal obrigue a Polícia Federal a regulamentar e fiscalizar as atividades de segurança privada nos bancos. O objetivo é fazer com que os bancos adotem medidas de segurança que garantam proteção à vida, à integridade física, à segurança e à propriedade dos clientes que diariamente realizam transações bancárias.
Uma liminar pede que sejam adotadas medidas que garantam a segurança dos clientes como, por exemplo, a colocação de divisórias entre os caixas e a área de espera de atendimento para impedir a visualização de “olheiros”. A liminar pede também a instalação de câmeras filmadoras de alta resolução com monitoramento em tempo real nas áreas de circulação de clientes e áreas externas, para identificação de eventuais criminosos, entre outras medidas.
No inquérito instaurado em 2011, com objetivo de apurar casos de latrocínio ocorridos nas saídas de agências bancárias, o Ministério Público Federal apurou que é a Delegacia de Controle de Segurança Privada, da Polícia Federal, a responsável pela fiscalização do cumprimento dos planos de segurança das agências bancárias.
Em resposta, o órgão informou que a prática de latrocínios posteriores aos saques bancários, em regra, não está diretamente relacionada aos planos de segurança exigido das instituições financeiras, porque ocorre após o horário de expediente bancário, ocasião em que não se faz obrigatória a presença de vigilantes.
Saidinha de banco
A PRDC também requereu a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo dados estatísticos dos crimes de latrocínio cometidos logo após a saída de agências bancárias, nos anos de 2010 e 2011, e demais informações a respeito do crime conhecido popularmente como “saidinha de banco”.
Para o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, autor da ação, o que chamou a atenção na apuração é o fato de que a maioria dos crimes se inicia ou são organizados dentro das agências bancárias, em razão da fragilidade do sistema de segurança das agências e pela falta de privacidade para as transações financeiras (saques nos caixas e nos terminais de autoatendimento).
— É muito comum o criminoso acompanhar os passos da vítima dentro da agência bancária que, ao sair, é facilmente surpreendida pelo agressor ou seu comparsa. Outra forma para a prática do crime é a escolha das vítimas pelos “olheiros” que estão dentro da agência, os quais informam, por celular, a saída da vítima.
Falta de investimento
O MPF também apurou que os bancos investem pouco em segurança. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), informou que só em 2011, os cinco maiores bancos apresentaram um lucro líquido total superior a R$ 50,7 bilhões, mas o montante direcionado à segurança e vigilância somam pouco mais de R$ 2,7 bilhões.
Essa falta de investimento reflete no resultado das apurações dos crimes cometidos. Em alguns casos a qualidade das imagens gravadas pelo circuito interno de televisão é de tão baixa qualidade que sequer é possível a identificação de criminosos que agem dentro das agências bancárias, como aconteceu em um dos casos que o MPF teve acesso e que foi arquivado pela impossibilidade de se identificar os assaltantes.
Polícia Federal
O Departamento de Polícia Federal é o órgão da Administração Direta da União, vinculado ao Ministério da Justiça, responsável pela fiscalização e autorização de funcionamento das empresas de segurança privada que prestam serviços de segurança, inclusive às instituições financeiras.
A segurança privada das instituições bancárias pode ser realizada pelo próprio banco ou por empresas especializadas contratadas, porém, em ambos os casos só podem ser realizadas mediante autorização e fiscalização da PF e devem possuir plano de segurança bancário devidamente aprovado pelo Delegado Regional Executivo da Polícia Federal.
A Lei nº 7.102/83 estabelece que é vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde haja guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua sistema de segurança com parecer favorável à sua aprovação, nesse caso da PF.
Para o MPF, a lei não está sendo cumprida, os bancos insistem em manter a vulnerabilidade de suas instalações, bem como não adotam medidas que visam proteger os seus clientes na saída das agências. As multas aplicadas pala PF comprovam o descaso. De 2010 até abril de 2012 já foram R$ 4,4 milhões em penalidades.
A fiscalização também é falha. O órgão não é eficaz em obrigar os bancos a adotar medidas de segurança e equipamentos de prevenção a crimes para seus clientes. As normas que regulamentam a segurança nos estabelecidos está mais voltada à proteção do patrimônio do que a vida dos clientes.
Consumidor
O procurador também afirma que os direitos do consumidor estão sendo violados. Os bancos, como fornecedores de serviço, devem obedecer o artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos.
Em São Paulo já existe a Lei nº 14.364/11, que obriga todas as agências e postos de serviços bancários a instalarem divisórias individuais entre os caixas e o espaço reservado para clientes que aguardam atendimento.
A fiscalização é realizada pelo Procon, que informou que após a instalação dessas cortinas, o crime de “saidinha de banco” foi reduzido em 80%. Para o MPF, os bancos devem responder pela má prestação do serviço bancário.
Fonte: R7

Assaltos e arrombamentos a bancos aumentam em todo o País

Ao longo do primeiro semestre deste ano, o número de assaltos a bancos no País cresceu 25,2% em relação ao mesmo período de 2011. Os dados são da 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, divulgada, nesta segunda-feira, em Curitiba.O levantamento foi elaborado pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf), com apoio técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O número de assaltos a banco passou de 301 para 377 casos. Já os arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos passaram de 537 para 884 no mesmo período, significando um crescimento de 64,6%. Somadas, ambas as modalidades de ataques a bancos chegaram a 1.261 ocorrências, uma alta de 50,5% em relação ao primeiro semestre do ano passado, quando houve 838 casos. Entre as fontes da pesquisa estão estatísticas de secretarias estaduais de Segurança Pública, notícias publicadas pela imprensa e levantamentos de sindicatos e federações de trabalhadores. No mês passado, a CNTV, a Contraf e o Dieese haviam divulgado 27 mortes em assaltos a bancos, de janeiro a junho de 2012.
Nas estatísticas de assaltos a bancos por Estado, São Paulo lidera o ranking, com 99 casos no primeiro semestre, seguido pela Bahia (37), Ceará (26), Pernambuco (18), Paraíba (17), Paraná (16) e Mato Grosso (16). Em termos percentuais, o maior crescimento ocorreu no Ceará, que passou de cinco casos no primeiro semestre de 2011 para 26 no mesmo período deste ano, revelando uma alta de 420%.
O ranking de arrombamentos também é liderado por São Paulo, com 190 casos. Na sequência, aparecem Minas Gerais (151), Santa Catarina (121), Paraná (93), Bahia (54), Rio Grande do Sul (40) e Mato Grosso (32). O maior crescimento do número de casos ocorreu em Minas Gerais, com um salto de cinco para 151 ocorrências, uma variação de 2.920% em relação ao primeiro semestre do ano passado. As entidades acreditam que os dados reais podem ser ainda maiores, em razão da dificuldade de se obter esse tipo de informação em alguns Estados. Casas lotéricas, unidades do Banco Postal dos Correios e correspondentes bancários não constam do levantamento.
"Esperamos que o anteprojeto de lei que trata do estatuto da segurança privada seja apresentado ainda este ano pelo Ministério da Justiça. A legislação atual está defasada", disse Ademir Wiederkehr, diretor da Contraf. "Queremos mais segurança para proteger a vida das pessoas. Não queremos mais a morte de clientes e trabalhadores", afirmou.
Entre as reivindicações que constam no anteprojeto estão a obrigatoriedade de porta giratória com detector de metais antes das salas de autoatendimento; instalação de vidros blindados nas fachadas das agências; colocação de câmeras de monitoramento dentro e fora dos bancos; ampliação do número de vigilantes; uso de divisórias entre os caixas e biombos antes da fila de espera; e isenção de tarifa para transferências eletrônicas de recursos entre bancos diferentes.
As entidades sindicais também defendem maior controle e fiscalização por parte do Exército no transporte, armazenamento e comércio de explosivos. Em 2011, de acordo com números apresentados pela CNTV, houve pelo menos 44 ocorrências de roubos de cargas de explosivos no País, sendo 15 delas em Minas Gerais. Esse fato explicaria, em parte, o aumento significativo de casos de arrombamento registrados no Estado. Em segundo lugar aparece o Paraná, com dez ocorrências de roubos de explosivos.
"Em cada uma dessas ocorrências são roubadas toneladas de dinamite", disse o presidente da CNTV, José Boaventura Santos. "As mineradoras deveriam ser obrigadas a ter um plano de segurança para o transporte desse material, com a contratação de vigilância", declarou.
Questionado se já havia feito algum contato com o Exército sobre o assunto, o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, João Soares, disse que o órgão participou recentemente de uma audiência pública sobre o tema, realizada na Assembleia Legislativa do Paraná. "O representante do Exército, nessa ocasião, informou que é praticamente impossível fiscalizar tudo. Eles fazem uma fiscalização por amostragem", disse Soares. "Precisamos de uma fiscalização mais consistente, com medidas como rastreamento dos artefatos por chips ou códigos de barras. Há locais que vendem banana de dinamite por R$ 10", completou.
Os trabalhadores reclamam ainda do baixo orçamento destinado pelos bancos para gastos com segurança. No primeiro semestre deste ano, os cinco maiores bancos aplicaram R$ 1,5 bilhão em segurança, o equivalente a 6% do lucro líquido de R$ 24,6 bilhões obtido no período.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgou em nota, que a segurança dos seus funcionários e clientes é preocupação central dos bancos. Informou, ainda, que os investimentos em segurança feitos pelo setor passaram de R$ 3 bilhões, em 2002, para R$ 8,3 bilhões em 2011, o que significaria um aumento de 62,4% em termos reais.
De acordo com a Federação, os assaltos diminuíram 78% entre os anos de 2000 e 2011, passando de 1.903 para 422. Ainda segundo a Febraban, os bancos seguem a Lei Federal nº 7.102/1983 e sua regulamentação. "O aprimoramento da segurança bancária levou a uma adaptação e migração dos criminosos profissionais para assaltos fora das agências bancárias", diz a nota.
Fonte: Portal Terra e SVNIT