terça-feira, 21 de junho de 2011

Vigilante de segurança privada tem novo perfil

Até que ponto colocar a própria vida em risco pela segurança de outras pessoas? Para muitos vigilantes o pressuposto da profissão é também uma paixão, como Sidney Rocha, hoje coordenador de vigilância privada.

Para ele, estar sempre em alerta se tornou profissão há vinte anos, quando a carreira de vigilante era muito diferente do que se pratica nos dias de hoje.

Ex-vigilante, ex-inspetor e hoje responsável por promover treinamentos, capacitação e qualificação do corpo operacional do Grupo Elite, empresa paraense de segurança privada, Sidney afirma que o modo operante mudou muito nos últimos anos.

"Com o aperfeiçoamento na execução do crime, o agente de segurança privada teve que se superar e se antevir aos passos dos criminosos.", diz o coordenador de operações, que completa: "Antes o vigilante era escolhido somente pelo porte físico, altura, músculos. Hoje buscamos pessoas com conhecimento técnico, eletrônico, postura, noções de relações humanas e que tenham treinamento em situações de crise", diz.

Tantas exigências não são à toa. A profissão, que nessa segunda-feira completou 25 anos de institucionalização no país, de acordo com a Lei 7.102 envolve risco de morte, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego.

Com a exposição continua a ações criminosas, salvaguardando patrimônios e pessoas, o vigilante deve estar preparado para proteger.

No Pará são 12 mil vigilantes. Porém esses números poderiam atingir mais pessoas se não houvesse um número tão elevado de seguranças atuando de maneira ilegal.

De acordo com os dados da Polícia Federal a proporção é de um vigilante legal para cada três que atuam sem a Carteira Nacional do Vigilante (CNV), registro profissional que habilita o vigilante para exercer, entre outras habilidades, o porte de arma.

Um vigilante precisa ser brasileiro, ter mais de 21 anos de idade, ter cumprido o curso de formação em vigilante com carga horária total de 160 horas e prestar exames físicos e psicológico.

O investimento inicial varia entre 500 a 700 reais, valor do curso de formação em vigilante. A média do salário incial é de R$ 800,00. "A pessoa que contrata um vigilante sem o verdadeiro preparo e os pré-requisitos da PF está se expondo a uma situação de risco ainda maior.
 
Fonte: O Litoral -PA